sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dica de Literatura especial: 24º FITUB

O quadro Dica de Literatura, veiculado no programa Expressão da FURB TV (afiliada à TV Futura e TV Brasil no Vale do Itajaí), fez-se presente no 24º FITUB. Assista aqui o programa, apresentado por Viegas Fernandes da Costa.

domingo, 17 de julho de 2011

Depoimentos daqueles que frequentam e fazem o FITUB: 4ª leva

O Sarau no FITUB publica a última leva de depoimentos daqueles que fazem e frequentam a 24ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau.
Deixe você também, seu depoimento, utilizando a opção "comentários" ao final desta postagem.
Nossos agradecimentos ao jornalista Ben-Hur Demeneck, responsável pela concepção dos vídeos.
 
Bernardo Schlegel, Rio de Janeiro (RJ) - Brasil

 
Natalia Porión, Buenos Aires - Argentina

   
Sergio Boris, Buenos Aires - Argentina

 
Silvio José da Luz, Blumenau (SC) - Brasil

 
Stephan Arnulf Baungärtel, Florianópolis (SC) - Brasil

 
Pedro Braga, São Paulo (SP) - Brasil

 
Felícia Johansson, Brasília  (DF) - Brasil

* Assista AQUI a 1ª leva de depoimentos. 
** Assista AQUI a 2ª leva de depoimentos. 
*** Assista AQUI a 3ª leva de depoimentos.
**** Concepção e produção dos vídeos: Ben-Hur Demeneck

sábado, 16 de julho de 2011

Premiados do 24° FITUB

- Melhor Espetáculo: Números, do Grupo Os Geraldos Universidade Estadual de Campinas / SP

- Espetáculo Destaque da Mostra Paschoal Carlos Magno: EL CADAVER DE UN RECUERDO ENTERRADO VIVO, do Grupo IUNA – do Instituto Nacional de Artes, Buenos Aires - Argentina

- Figurino: Grupo Os Geraldos, por Números, da Universidade Estadual de Campinas/SP
- Iluminação: Marcela Andrade, por S., da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/RJ
- Concepção Sonora: Fábio Miranda, por A Porca Faz Anos!, da Universidade de Brasília / DF
- Conjunto de Atores: Grupo Os Geraldos, pelo espetáculo Números, da Universidade Estadual de Campinas/SP
- Atriz:  Camila Guerra, como Dirce Russo, em A Porca Faz Anos!, da Universidade de Brasília / DF
- Ator: Pedro Lima, como \“PL\”, em Trajetória \”X\”, da Universidade de Brasília/DF
- Direção: Carlos Canhameiro, por O Horácio, do Centro Universitário Barão de Mauá / Ribeirão Preto / SP
- Prêmio Especial do Júri:  Equipe do espetáculo O Horácio pela realização cênica arrojada de teatro narrativo.
- Menção honrosa: Ao personagem Leão do Himalaia, do espetáculo Números pela sua graciosidade inabalável.
 

Depoimentos daqueles que frequentam e fazem o FITUB: 3ª leva

O Sarau no FITUB dá continuidade aos depoimentos daqueles que fazem e frequentam a 24ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau.
Deixe você também, seu depoimento, utilizando a opção "comentários" ao final desta postagem.
Nossos agradecimentos ao jornalista Ben-Hur Demeneck, responsável pela concepção dos vídeos.
 
 
Kaio Bergamin, Blumenau (SC) - Brasil

 
Ada Matus, Santiago - Chile

   
Douglas Novais, Campinas (SP) - Brasil

* Assista AQUI a 1ª leva de depoimentos. 
** Assista AQUI a 2ª leva de depoimentos.
** Concepção e produção dos vídeos: Ben-Hur Demeneck

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Números"

“Números”

por Viegas Fernandes da Costa

Pela segunda vez consecutiva o grupo “Os Geraldos”, da Unicamp, vem ao Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, e pela segunda vez entusiasma a plateia. Em 2010 trouxe aos palcos do Teatro Carlos Gomes o espetáculo “Hay amor”, dirigido por Verônica Fabrini. Apesar da ótima recepção do público que assistiu à comédia “brega-romântica” do grupo de Campinas, “Hay amor” não convenceu os jurados do FITUB, e acabou sendo a única peça da Mostra Universitária sem levar nenhuma premiação; fato que para muitos que acompanharam o Festival, caracterizou-se como uma tremenda injustiça.
Cícero com seu acordeão e a bailaria de movimentos e maquiagem grotescos (Foto: Daniel Zimmermann)
Neste ano “Os Geraldos” apresentaram a montagem “Números”, uma comédia que alude à tradição circense. Com texto de Carolina Delduque e direção de Roberto Mallet, a peça apresenta uma série de números circenses encadeados pela atuação do palhaço Cícero (representado pelo ator Douglas Rodrigues Novais), uma espécie de mestre-de-cerimônias que toca Acordeão e participa de alguns esquetes. Cícero, a propósito, é sem sombra de dúvidas a grande presença da montagem. Versátil, intenso, com seu sorriso lindo, suas tiradas inteligentes e sua falta de modéstia, encanta, diverte e transporta o público para o interior do universo representado no palco. O destaque da sua atuação não ofusca, entretando, o brilho e a qualidade dos demais atores/personagens. O “leão do himalaia”, por exemplo (uma mistura de carneiro, lhama e ser humano que podia muito bem ter brotado das páginas de Jorge Luís Borges), com sua atuação contida, quase minimalista, enternece o público e remete ao lugar do artista-operário explorado pela arte. Também a contorcionista grávida, com seus truques baratos apresentados a uma plateia que se deseja enganada; o palhaço que se atrapalha com a cadeira em uma apresentação com desfecho previsível, porém encantador; a bailarina com seus movimentos desengonçados e sua maquiagem grotesca; a atiradora de facas e sua temerosa assistente-vítima; todos personagens do universo de uma arte desvalida em recursos financeiros, porém rica em criatividade e teimosa por exisitir e poder dizer. Em seu conjunto, “Números” constitui-se como metáfora do talento humano e da sua capacidade de sobrevivência.
Enfim, o que “Os Geraldos” fazem sobre o palco-picadeiro é mesmo comovente poesia, que provoca o riso solto, emociona e não descuida da tradição do conteúdo.

Depoimentos daqueles que frequentam e fazem o FITUB: 2ª leva

O Sarau no FITUB dá continuidade aos depoimentos daqueles que fazem e frequentam a 24ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau.
Deixe você também, seu depoimento, utilizando a opção "comentários" ao final desta postagem.
Nossos agradecimentos ao jornalista Ben-Hur Demeneck, responsável pela concepção dos vídeos.

Daniela Reis, Ribeirão Preto (SP) - Brasil

Byron O´Neill, Belo Horizonte (MG) - Brasil

Fernando Villar, Brasília (DF) - Brasil

Rafael Ravi, Ribeirão Preto (SP) - Brasil

Pedro Lima, Brasília (DF)- Brasil

Ana Milena Restrepo, Medellín - Colômbia 

* Assista AQUI a 1ª leva de depoimentos. 
** Concepção e produção dos vídeos: Ben-Hur Demeneck

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Um Horácio iconoclasta

Um Horácio iconoclasta

por Viegas Fernandes da Costa

"O Horácio" (Foto: Daniel Zimmermann)
Na noite de segunda-feira a X Turma de Artes Cênicas do Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto (SP) subiu ao palco do Auditório Willy Sievert, no Teatro Carlos Gomes, para apresentar o espetáculo “O Horácio”, adaptado da obra do dramaturgo alemão “Heiner Müller”. Sob a direção de Carlos Canhameiro, a montagem apresentada no FITUB impressionou pela entrega e entusiasmo dos atores, bem como pela leitura iconoclasta – e até mesmo profana – do texto de Müller.
“O Horácio” narra a história da guerra entre as cidades de Roma e Alba, ao mesmo tempo em que ambas se viam ameçadas pelos etruscos. A fim de não sofrerem muitas baixas, decide-se que por cada cidade lutará apenas um soldado, escolhido através da sorte. Por Roma, este será um Horácio, e por Alba um Curiácio. Ocorre, entretanto, que a irmã do Horácio é justamente a noiva do Curiácio. Ao vencer o combate e executar seu oponente, o Horácio retorna a Roma e encontra sua irmã chorando a morte do noivo, fato que lhe causa grande irritação e o incita a matá-la. As comemorações em Roma cessam, e o herói Horácio passa também a assassino, obrigando a cidade a julgá-lo. Vale lembrar que o texto original remete aos pátrios valores romanos que colocavam o Estado e a família na condição de instituições sagradas, superiores a qualquer veleidade individualista, dentre as quais a própria vida do sujeito. Foi pela pátria que o Horácio lutou, e porque o regozijo pela vitória da pátria deve ser superior ao luto de uma perda individual, o herói assasina sua própria irmã. Entretanto, ao assassinar (desnecessariamente) a irmã, o herói afronta a própria instituição familiar, e por isso deve também ser julgado e punido (no caso, com a própria vida e com uma dupla memória de si: herói e assassino). Para além, “O Horácio” aborda também a complexidade humana, já que em um “homem” habitam muitos homens.
Na montagem dirigida por Carlos Canhameiro a fábula é mantida, e narrada pelos atores em três momentos da peça. Ou seja, por três vezes a história é contada sobre o palco por atores que se alternam na narrativa. Entretanto, o mise-en-scène e a leitura que diretor e atores fazem da obra de Heiner Müller, contrapõem os diferentes tempos da narrativa (o tempo da verossimilhança da fábula, o tempo em que esta foi escrita e o tempo presente – o da montagem). Pós-dramática, intertextual, abusando das referências à cultura de massa, a montagem do atores do grupo de Ribeirão Preto contrapõe o épico ao contemporâneo, ou seja, se por um lado narram a história original escrita pelo dramaturgo, por outro, quando a representam, fazem-no através do deboche e do uso de elementos que nos remetem ao individualismo exacerbado de uma contemporaneidade que não compreende os valores trágicos. Heroísmo, neste caso, é sobreviver em meio à selva urbana e pós-industrial, onde fronteiras se diluem e a saudação da aurora é o “carpe diem”.
Os despojos da batalha (Foto: Ben-Hur Demeneck)

Neste contexto,  o “Horácio” apresentado no 24° FITUB alcançou o cômico e o ridículo por meio do trágico (o que não significa demérito, muito pelo contrário). Abusando dos elementos escatológicos, onde sangue e corpos são substituídos por vinho, frutas e um frango morto e depenado, fazendo uso de coro, música ao vivo e signos da cultura pop, e profanando não apenas símbolos caros ao cristianismo no Brasil (como as pequenas imagens de Nossa-Senhora guardadas como amuleto nas cuecas e calcinhas durante a batalha), mas o próprio texto original, dessacralizando-o, os atores do Centro Universitário Barão de Mauá apresentaram uma peça que, ao mesmo tempo entusiasmou e divertiu o público e foi capaz de dialogar com seu tempo e espaço. Uma montagem que de certa forma nos remete às “Dionisíacas” de José Celso Martinez, guardadas evidentemente as proporções.
Terminado o espetáculo, restou ainda o cheiro nauseabundo dos vinte litros de vinho despejados sobre ao palco, mesclado ao de ovos, melancias e outros víveres mais, como que lembrando os despojos de um campo de batalha.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Depoimentos daqueles que frequentam e fazem o FITUB

Para além das peças e debates, o Festival Internacional de Teatro Universitário também proporciona ricos momentos de interação e troca de experiências nas mesas do bar do FITUB. Por que então não colhermos depoimentos das pessoas que frequentam e fazem o Festival e, no bar, debatem as peças? Eis a proposta que nos fez o jornalista Ben-Hur Demeneck. Claro, topamos na hora!
Abaixo alguns depoimentos gravados no bar do Teatro Carlos Gomes. A gravação foi realizada com a câmera do telefone celular do próprio Demeneck
 
 
Fede Flotta - Buenos Aires, Argentina

 
Adriano Amaral, Blumenau (SC), Brasil


 
Mariano Karamanian - Buenos Aires, Argentina

 
Mariana Freitas - Blumenau (SC), Brasil

* Depoimentos colhidos em 12/07/2011.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quinto dia do FITUB tem encontro estudantil de artes cênicas
 
Por Alessandra Meinicke

Trajetória \"X\"
Nesta terça-feira, 12, quinto dia do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, acontece a Fresta, encontro regional do Aporta, Encontro Estudantil de Artes Cênicas, uma ação que reúne organizadores de festivais de diversas partes do país para conversas que permeiam o universo dos festivais e do teatro estudantil. A Fresta acontece no Salão de Festas do Teatro Carlos Gomes, a partir das 9h da manhã. 
Às 16h 30, no Auditório Heinz Geyer, no Teatro Carlos Gomes, acontece mais uma apresentação da Mostra Paschoal Carlos Magno - Universitária Latino-Americana, com a peça ‘Sin Sentido’, Grupo Universidad de Antioquia, Medellin, Colômbia.
Diz a sinopse da peça: Duas obras, dois autores do Teatro do Absurdo, nos apresentam o homem e sua trajetória como uma sucessão de imagens que levam ao caos, em que não bastam os días e as noites, nem os amanheceres para expressar a dor de viver e de morrer. Break é uma versão livre inspirada no texto “Pic Nic” de Fernado Arrabal e Delirio, uma versão livre inspirada no texto “El Desvario” de Jorge Diaz. Obras que nos conduzem a investigar a construção do personagem como a condição humana em seu sentido, em fragmentos, no vazio, no esquecido, onde a comunicação e a lógica cotidiana perdem seu valor, e seu estar é um transitar intermitente.
A peça é de autoria e direção de Clara Elena Arango.

Também na terça, no Auditório Willy Sievert, Teatro Carlos Gomes às 20h 30 e 22h 30, será encenada Trajetória \”X\”, do grupo CHIA, LIIAA!, da Universidade de Brasília, Distrito Federal, integrando a programação da Mostra Universitária Nacional.  
Sinopse da peça: Trajetória “X” coloca em cena crianças e adolescentes em situação de exploração sexual em pleno centro da capital brasileira. “AP”, “GS”, “PL” e “RT” são quatro adolescentes que revelam sua coragem e generosidade ao reviverem momentos tocantes de suas trajetórias pessoais, momentos dramáticos de seus passados e presentes, assim como suas expectativas – ou não – para o futuro.
A autoria e a direção da peça são de Fernando Villar. 

Na programação da Mostra Blumenauense, que acontece no Auditório Carlos Jardim, na Fundação Cultural de Blumenau, é a vez da apresentação da Cia Carona de Teatro, com a peça Volúpia. Serão duas apresentações, uma às 20h 30 e outra às 22h 30.
Sinopse da peça: Colocados em situações limites nos seus relacionamentos, aprisionados por uma sexualidade que não sabem se libertam ou não, os personagens de Volúpia perseguem certezas que não conhecem. Através de histórias que se entrelaçam, Volúpia caminha por becos escuros. Nos estereótipos (o casal que procura no alargamento de seus limites sexuais o amor que lhes falta, a menina que descobre a sua sexualidade, o homem que luta contra os seus desejos) Volúpia procura o que lhes é incomum, particular, e é desta fragilidade que Volúpia se aproveita.
A peça é de autoria de Gregory Haertel e direção de Pépe Sedrez. A classificação é de 18 anos.
 
Palco sobre Rodas
A terça-feira tem ainda duas apresentações no Palco Sobre Rodas. A primeira é Cia SeisAcessos, da Universidade de Campinas, São Paulo, que se apresentará Trânsito Livre, na Fundação Indaialense de Cultura, em Indaial às 15 horas.
Sinopse da peça: No espetáculo o público é convidado a fazer perguntas, dentre as quais três serão aleatoriamente escolhidas e servirão como tema de cada sessão. Os improvisadores só tomam conhecimento das perguntas no início da improvisação e todas as cenas são criadas diante do público, sem ensaio prévio. Não se trata de responder às perguntas, mas sim de criar uma zona poética, imagética e sensível acerca das possibilidades nelas contidas.
A autoria da peça é do próprio grupo e com direção de Marina Elias.

A segunda apresentação será às 20 horas no Salão Cristo Rei, durante a 16ª FESTINVER em Gaspar. O espetáculo é O Horácio, da X Turma De Artes Cênicas do Centro Universitário Barão de Mauá, São Paulo.
Sinopse da peça: As cidades de Roma e Alba estavam em guerra pelo poder e ao mesmo tempo eram ameaçadas pelos etruscos. Para os exércitos não se enfraquecerem diante do inimigo em comum, os chefes decidiram que por cada cidade lutaria apenas um homem. A sorte determinou que lutaria por Roma, um Horácio, e por Alba, um Curiácio. Os exércitos, ao perceberem que a irmã do Horácio escolhido era noiva do Curiácio, indagaram se a sorte deveria ser tirada novamente, mas mesmo assim ambos mantiveram as escolhas e resolveram lutar. Horácio venceu Curiácio e ao voltar para Roma, glorificado, deparou-se com a irmã chorando pelo noivo derrotado. Indignado com a reação, Horácio enfiou sua espada no peito da irmã, silenciando todas as comemorações. Após essa atitude, os romanos tiraram da mão do Horácio, sua espada, e resolveram realizar em julgamento para decidir o destino do vencedor, que era também um assassino.
A autoria da peça é de Heiner Müller e com direção de Carlos Canhameiro. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Trânsito livre entre Arenales, o aniversário da porca e unhas sujas

Trânsito livre entre Arenales, o aniversário da porca e unhas sujas

por Viegas Fernandes da Costa

O primeiro final de semana do 24° FITUB contou com a apresentação de cinco espetáculos, quatro deles integrando as mostras universitárias, e “Amálgama”, que integra a mostra blumenauense. Na Mostra Universitária Nacional subiram ao palco os Alunos do Projeto de Diplomação da UnB (DF), com a peça “A porca faz anos”, e a Cia. SeisAcessos da Unicamp (SP), com o espetáculo de improvisação “Trânsito livre”. Já pela Mostra Universitária Ibero-Americana subiram ao palco o Grupo Arenales Cooperativa Teatral do IUNA (Argentina), com a peça “Arenales, um pueblo bajo el mar”; e a Compañia La Gorda da Universidad Mayor (Chile), com o espetáculo “Uñas sucias”.
"Trânsito livre" (Foto: Daniel Zimmermann)
 Com bom público, os quatro espetáculos, entretanto, não chegaram a entusiasmar as plateias, e o destaque ficou mesmo com o grupo argentino, que apresentou “Arenales” na tarde de sábado. Já a maior frustração pode ser atribuída ao espetáculo de improvisação “Trânsito livre”, na noite de domingo. Neste os atores pareciam não estar preparados para a natureza das perguntas realizadas pelo público –“Que pergunta eu faço?”; “O que acontece quando as perguntas acabam?”; “O que é pior: pensar e falar, ou pensar e calar?” – , e sobre as quais deveriam desenvolver os números, o que resultou em um espetáculo de dança pobre em sentidos e conteúdos, com um desenvolvimento arrastado e pouca criatividade.
"Arenales, um pueblo bajo el mar" (Foto: Daniel Zimmermann)
 "Arenales, um pueblo bajo el mar”, com texto de Sergio Sebater e Ana Rodriguez Arana e direção de Sergio Sebater, conta a história de um povoado costeiro arrasado por um tsunami. Lembrando um pouco a proposta do filme “Nós que aqui estamos, por vós esperamos”, de Marcelo Masagão, a peça procura apresentar uma breve biografia das pessoas que moravam e sonhavam em Arenales, mais de uma dezena de personagens que se desdobram sobre o palco, e que desaparecem sob as monstruosas vagas do mar. A peça tem como mote um monumento que recorda as vítimas da catástrofe natural. Deste monumento desprendem-se os personagens para um recuo no passado e na memória, e estes mesmos personagens – numa mistura de musical e teatro narrativo – desfilam e narram suas histórias para o público presente ao teatro. Por fim, antes de retornarem ao frio mármore do monumento, lembram que as tragédias podem ser naturais, como o tsunami em Arenales, mas também provocadas pela ação humana, como foi o caso da cruenta ditadura militar argentina, que sequestrou, torturou e assassinou aproximadamente 30 mil pessoas (algumas destas foram lançadas vivas ao mar, jogadas de aviões militares), e levou ao exílio mais de 2 milhões de cidadãos. Assim como o tsunami que recentemente soubemos destruir o Japão, a ditadura militar argentina sepultou sob a lápide do mar histórias e sonhos humanos que ainda ecoam seu horror.
Chama a atenção no espetáculo do grupo argentino toda sua estética poética, tanto na força da narrativa quanto nos movimentos dos atores. A figura do monumento humano que se movimenta alternando a tranquilidade fria do mármore e o horror da morte trágica, é sublime. Também o desempenho dos músicos em palco é digno de nota. Deixa a desejar, entretanto, a forma como dramaturgos e diretor exploram as biografias dos personagens. Talvez por serem muitos, e pequeno o tempo da peça, falta profundidade naquilo que dizem de si os moradores de Arenales. Por outro lado, a dramaturgia acerta quando relaciona o tsunami à ditadura militar, conseguindo universalizar a história prosaica de um pequeno povoado e seus habitantes anônimos. Assim, “Arenales, um pueblo bajo el mar” está vivo e dialogando conosco.
Ainda na noite de sábado apresentaram-se, no palco do grande auditório do Teatro Carlos Gomes, os alunos da Universidade de Brasília com o espetáculo “A porca faz anos!”. Com direção de Felícia Johansson e autoria coletiva do próprio grupo, a comédia propõe-se na lógica do Teatro de Revista, e mistura música, dança e teatro. Ambientado em Brasília, faz uma sátira burlesca das instituições e políticos brasileiros, parodiando discursos e personagens reais e fazendo referências diretas a fatos contemporâneos noticiados pela imprensa brasileira.
"A porca faz anos!" (Foto: Daniel Zimmermann)
Apesar de ser divertida e apresentar acompanhamento musical e trabalho vocal excepcionais, e números de dança admiráveis (incluindo-se uma surpreendente apresentação de dança de rua ), “A porca faz anos!” decepciona justamente naquilo que deveria ser seu ponto alto: a sátira política. Exagerando nos estereótipos e simplificando demasiadamente a realidade política brasileira, a peça acaba por carecer de senso crítico, caindo no senso-comum e perdendo a oportunidade de apresentar uma crítica mais inteligente e contundente (o que parecia ser a intenção inicial do espetáculo). Também a excessiva duração da peça acabou por torná-la repetitiva e cansativa. Talvez por se tratar de uma dramaturgia construída coletivamente, mas “A porca faz anos!” parece ser uma pura reunião de bons números e esquetes que não conseguem, entretanto, atingir um bom resultado quando reunidas em seu todo.
Por fim, na tarde de sábado, apresentou-se a Compañia La Gorda, do Chile, com a peça “Uñas sucias”, com texto de Luis Barrales e direção de Carolina Larenas e Alejandro Bradasic. Com um enredo simples e dramaturgia enxuta, “Uñas sucias” conta a história de cinco jovens jogadoras de futebol que integram um pequeno time e almejam chegar à divisão profissional. Ao ficarem presas no vestiário, as cinco moças acabam por fazer aparecer seus conflitos, preconceitos e rivalidades. A peça consiste nos diálogos que as cinco atrizes estabelecem entre si, e o cenário restringe-se a dois bancos de madeira e uma penteadeira.
"Uñas sucias" (Foto: Daniel Zimmermann)
 “Uñas sucias”, apesar de margear temas de debate bastante atual, como a pedofilia e a homossexualidade, não entusiasmou a plateia e teve poucos momentos realmente interessantes.

Mostra Latino-Americana acontece no câmpus 1 nesta segunda-feira

Mostra Latino-Americana acontece no câmpus 1 nesta segunda-feira

por Alessandra Meinicke


Nesta segunda-feira, 11, quarto dia do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau as apresentações da Mostra Paschoal Carlos Magno Universitária Latino-Americana acontecem no câmpus 1 da FURB, às 16h 30 e 18h 30. A peça em cartaz é El Cadaver de um Recuerdo Enterrado Vivo, do Instituto Universitário Nacional del Arte, IUNA, de Buenos Aires, Argentina.
Diz a sinopse da peça: Seis meses depois da morte da proprietária de uma empresa, o viúvo, agora como novo chefe, não consegue distribuir o trabalho aos empregados, já que sofre de uma tremenda depressão. Tempo livre que desespera, desejo de aposentar-se, confabulações e recordações que atravancam uma empresa do bairro. Autoria e direção de Sergio Boris
Também na segunda-feira, no Auditório Willy Sievert, Teatro Carlos Gomes, às 20h 30 e 22h 30, na Mostra Universitária Nacional será encenado o espetáculo O Horácio, da X Turma De Artes Cênicas, do Centro Universitário Barão de Mauá, São Paulo. 

Sinopse
As cidades de Roma e Alba estavam em guerra pelo poder e ao mesmo tempo eram ameaçadas pelos etruscos. Para os exércitos não se enfraquecerem diante do inimigo em comum, os chefes decidiram que por cada cidade lutaria apenas um homem. A sorte determinou que lutaria por Roma, um Horácio, e por Alba, um Curiácio. Os exércitos, ao perceberem que a irmã do Horácio escolhido era noiva do Curiácio, indagaram se a sorte deveria ser tirada novamente, mas mesmo assim ambos mantiveram as escolhas e resolveram lutar. Horácio venceu Curiácio e ao voltar para Roma, glorificado, deparou-se com a irmã chorando pelo noivo derrotado. Indignado com a reação, Horácio enfiou sua espada no peito da irmã, silenciando todas as comemorações. Após essa atitude, os romanos tiraram da mão do Horácio, sua espada, e resolveram realizar em julgamento para decidir o destino do vencedor, que era também um assassino.
A autoria da peça é de Heiner Müller e com direção de Carlos Canhameiro. 
Ainda na noite de segunda-feira, na Mostra Blumenauense, no Auditório Carlos Jardim na Fundação Cultural de Blumenau, acontece a apresentação do grupo Independente com a peça ‘Estrangeiros’. Serão duas apresentações: às 20h 30 e às 22h 30.
Diz a sinopse da peça: Na loja de fantasias de propriedade de seu pai, Alicia vê chegar um desconhecido, de quem ela pouco compreende a pronúncia e as palavras. Neste encontro, Alicia, acostumada às certezas daquele ambiente, poderá se enxergar de longe, de fora, sem disfarces. Jogada contra si mesma e exposta à nudez da sua vida, ela, então, se agarra à única chance que tem de tentar mudar tudo.
A peça é de autoria de Gregory Haertel e direção de Fábio Hostert. A classificação é de 18 anos.

Palco sobre Rodas
A segunda-feira marca a estreia do Palco Sobre Rodas nesta 24ª edição do FITUB, com a apresentação Trajetória \”X\”, do grupo CHIA, LIIAA!, da Universidade de Brasília, Distrito Federal. Será na  E.B.M. Profª Zulma Souza da Silva, às 19h30.
Sinopse da peça: Trajetória “X” coloca em cena crianças e adolescentes em situação de exploração sexual em pleno centro da capital brasileira. “AP”, “GS”, “PL” e “RT” são quatro adolescentes que revelam sua coragem e generosidade ao reviverem momentos tocantes de suas trajetórias pessoais, momentos dramáticos de seus passados e presentes, assim como suas expectativas – ou não – para o futuro.
 A autoria e a direção da peça é de Fernando Villar. 

domingo, 10 de julho de 2011

Mostra blumenauense estreia com o espetáculo Amálgama

Amálgama

por Viegas Fernandes da Costa

Um homem, e está só. A um canto da arena, na penumbra, este homem, em silêncio, posta-se de pé e segura nas mãos seus sapatos usados; sob suas solas, possível é, a memória das terras que já não mais estão.
O homem só move-se lentamente, escoando seu tempo num ritmo diferente ao da modernidade inaugurada com o aparecimento da locomotiva. Passo a passo, encontra o local exato para depositar seus sapatos, cercando assim seu território, suas referências: o par de sapatos, o casaco, as flores e a cadeira, sobre a qual repousa o vestido vermelho manchado de esperma. É no interior deste quadrado – sapatos, flores, cadeira e casaco – circundado pelo público, que se anuncia ao mundo surdo e cego o vazio de uma vida repleta de memórias impossíveis de troca. Uma cadeira ou um altar? Que cheiro trescalam flores antigas? Um casaco que aquece, ou paletó que representa? E esse vestido manchado de um esperma antigo, ainda cheira um cheiro passível aos sentidos, ou cheira apenas na lembrança? E o homem só move seu corpo nos limites da sua história, resumida à necessidade dos instintos que nunca se satisfazem e ao absurdo da existência. O que resta, enfim, é a repetição. É na repetição que este homem só se reconhece e se inscreve no mundo, estabelece sua identidade, ainda que intangível à racionalidade do público. Há momentos em que a comunicação procura se estabelecer, o homem só aproxima-se de um ou outro espectador, mas quando tal, não há mais um homem só, tal qual aquele que grita, que se masturba e se entrega ao gozo mecânico, que se contorce freneticamente, que liga o aparelho de som e se deixa mergulhado no ritmo de um mantra, que fala o ininteligível em fonemas que remotamente lembram o alemão e o italiano (culturas presentes na construção identitária do Vale do Itajaí, contexto geográfico no qual se construiu a experiência dramatúrgica de “Amálgama”).  Quando o homem só se aproxima do público, quando olha em seus olhos, quando quase o toca, este homem só é tão somente representação; procura arrumar o cabelo, alinhar suas roupas, sorrir ou sofrer como quem sorri ou sofre para alguém, não para si. Logo a fraude se anuncia estéril, vazia, e o homem só retorna ao centro do seu imundo, onde goza, grita, geme, busca, morre e ressuscita. E quando esse homem só diz que acabou, porque necessita que acreditemos que acabou para que o possamos abandoná-lo a si mesmo, não aceitamos sua sentença, e permanecemos, nós plateia, muda, surda e cega, na espera de um sentido, de um algo a mais que nos territorialize. Porque afinal, não nos movemos ao teatro para compreender o outro, movemo-nos ao teatro porque queremos nos encontrar. Mas não há sentido, não há um algo mais além da repetição. E temos então um homem, e está só. A um canto da arena, na penumbra, este homem, em silêncio, posta-se de pé e segura nas mãos seus sapatos usados; sob suas solas, possível é, a memória das terras que já não mais estão...
“Amálgama” estreou em 2008, e retornou aos palcos da Temporada Blumenauense de Teatro em 2010 e agora sobe aos palcos do FITUB. Com direção de Silvio da Luz e texto de Gregory Haertel, podemos dizer aqui que o espetáculo constitui-se mais como uma performance do ator Adriano Amaral, e não tanto como monólogo. Em “Amálgama”, apesar do texto, o que menos importa são as palavras. É o trabalho de ator, seu domínio sobre o corpo e a forma como este expressa a angústia e os conflitos do personagem que importam. Não é o verbo, mas o movimento e a austeridade dos elementos de cena, que imprimem significado ao espetáculo, associados a uma pesquisa rigorosa na construção do roteiro e do próprio ator. O resultado é uma atuação impecável de Amaral e uma dramaturgia que nos remete a Samuel Beckett e seu universo de vazios e ausências de sentido.
Importante o retorno de “Amálgama” aos palcos, e a certeza da possibilidade de se radicalizar ainda mais a proposta do espetáculo. Se o personagem afirma, em dado momento “Acabou! Vão embora! Preciso que vocês vão embora para saber que acabou!”, talvez seria interessante deixar nas mãos do público a decisão de encerrar a peça. Desafio interessante para os limites físicos do ator e do público, amalgamado na ausência das palmas e no vazio

Vida

"Vida"

por Viegas Fernandes da Costa

Por que os cães latem? Latem por latir. Latem porque, por via da dúvida, é melhor latir. Latem para existir. Assim como nós, sempre atentos a tudo, cheios de nossa racionalidade cartesiana ou de nossa filosofia de auto-ajuda, latimos, melhor, nominamos o mundo. O mundo, o que é senão um emaranhado de verbetes e conceitos que, acreditamos, dão sentido a tudo? “No princípio fez-se o verbo”, é bíblico. E tantos de nós dedicamos cada minuto de nossa vida a dar sentido à vida! Mas talvez, sim, talvez, não seria melhor o perambular distraído? “Distraídos venceremos”, diz uma frase. De que natureza seria esta vitória?
“Vida”, espetáculo da Companhia Brasileira de Teatro com direção de Márcio Abreu, inaugurou os palcos do 24° Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau propondo uma leitura do universo de Paulo Leminski. É possível que assim o seja, mas a mim falaram-me mais forte as vozes de Fernando Pessoa em sua “tabacaria”, e de Beckett com todo seu teatro do absurdo. Assim como em Beckett de Godot, os personagens esperam, e esperando ocupam seu tempo. Em meio a uma sala claustrofóbica, sem janelas e de paredes brancas, quatro personagens ensaiam para uma banda que festejará o jubileu de uma cidade. O que não significa coisa alguma. Para além do ensaio, da música que a banda deve tocar, importam mesmo ao enredo o desfilar do cotidiano de cada um dos quatro personagens: Rodrigo Ferrarini, cínico, com sua dialética meticulosa e uma maiêutica ao inverso que fornece resposta a cada pergunta – ainda que a resposta, aparentemente lógica, lance-nos ao vazio. Rodrigo, na banda, toca pratos; é sempre aquele que está no compasso errado. Raniere Gonzales tem muitas tatuagens (sim, ator e personagem, estabelecendo um diálogo autoficcional); aparentemente tranquilo e observador, transforma-se radicalmente buscando sua identidade; é o cantor da banda. No espetáculo, a atuação de Raniere é excepcional, apresentando-nos um  ator versátil e de muitos recursos. Giovana Soar, moça solitária, dada às práticas politicamente corretas, que na realidade a oprimem. Emblemática a cena em que Giovana, ao chorar, é guarnecida de lenços de papel. Ela adora lenços de papel, embora saiba que deveria preferir os de pano, reutilizáveis. Seu humor é oscilante, e na banda toca o bumbo. Por fim, Nadja Naira, a silenciosa, com seu corpo alto e magro. Seu instrumento é a guitarra, que leva junto ao peito para esconder sua nudez. Nadja, quando vestida da guitarra, transforma-se em uma mulher mais autoconfiante. É o entrelaçamento destes quatro personagens (e fica a pergunta: até que ponto atores e personagens estão realmente separados?) que compõe a trama de “Vida”.
Difícil é estabelecer limites de gênero para o espetáculo, que oscila entre o drama e o humor. Multifacetado, autoficcional, intertextual, “Vida” apresenta muitos méritos, desde o cenário, de grandes proporções (o que realmente chama a atenção nestes tempos de uma dramaturgia minimalista), passando pela trilha sonora (assinada por André Abujamra), pelo texto primoroso e instigante e chegando à atuação excepcional de Raniere, que literalmente incorpora o personagem (ou seria o inverso). Entretanto, há talvez um certo excesso na montagem, uma repetição de situações, que ao final cansam a plateia. Fica a impressão que o espetáculo poderia alcançar seu desfecho um pouco antes, talvez no momento em que Raniere, neuroticamente, lança-se pela parede. A cena em questão é forte, definitiva, repleta de uma radicalidade que, inclusive, torna injustificado o retorno do personagem à cena.
Por fim, se Paulo Leminski ou Beckett, não importa. “Vida” fala por si! Diverte e incomoda. Espetáculo que enche os olhos mas, e ao mesmo tempo tem o mérito de deixar um quê da náusea sartreana. Tem o que dizer, e diz! Certamente, uma grande peça... porém longa!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

24ª edição do FITUB começa com Vida na abertura

24ª edição do FITUB começa com Vida na abertura

por Alessandra Meinicke
(Jornalista da FURB)

A 24ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, FITUB, realizado pela FURB de 8 a 16 de julho, tem a sua solenidade de abertura marcada para as 20h 30, com a apresentação do espetáculo convidado ‘Vida’, da Companhia Brasileira de Teatro, de Curitiba.
A entrada é gratuita, mas os ingressos precisam ser retirados na bilheteria do Festival, no Teatro Carlos Gomes, a partir das 19h 30. O Festival reserva 30% dos ingressos para todas as apresentações para venda ou retirada somente uma hora antes do início da peça. Os demais ingressos podem ser adquiridos com antecedência, na bilheteria do FITUB, diariamente a partir das 13h.
Esta 24ª edição do Festival reúne 23 grupos de teatro, de universidades brasileiras, da Argentina, Chile e Colômbia, que realizarão mais de 50 apresentações durante os nove dias do Festival. Sete participam da Mostra Universitária Nacional, realizada à noite; e cinco da Latino-Americana, que acontece no período da tarde.
Também integram a programação do FITUB, o Palco sobre Rodas, que levará espetáculos ao CEJA e à escola Zulma Souza da Silva, em Blumenau, ao Festinver, em Gaspar e à Fundação Indaialense de Cultura, em Indaial; e a Mostra Blumenauense, realizada na Fundação Cultural de Blumenau com apresentação de grupos da cidade nos dias 10,11, 12, 14 e 15, à noite.

Conversas sobre Teatro

Para discutir o fazer teatral com os participantes do FITUB acontecem as Conversas sobre Teatro, no Salão de Festas do Teatro Carlos Gomes. A primeira delas agendada para sábado, 9, às 14 horas, com o ator, autor e diretor do espetáculo Vida, Marcio Abreu.

Vida

Vida estreou em março de 2010 na Mostra Oficial do Festival de Curitiba e é resultado da pesquisa Projeto Vida, que investiga o universo criativo de Paulo Leminski, poeta, escritor, tradutor, músico, letrista, curitibano.

Sinopse

Exilados numa cidade imaginária, dois homens e duas mulheres fazem parte de uma banda que ensaia para uma apresentação comemorativa do jubileu da cidade. Fechados numa sala vazia, convivem entre si e revelam comportamentos, relações, conflitos e histórias de suas vidas prosaicas, repletas de humor, sensibilidade e um sentido de transformação.
Mais informações sobre o Festival estão em www.furb.br/fitub

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Confirmada 24ª edição do FITUB

Alessandra Meinicke

De 8 a 16 de julho de 2011 acontece a 24ª edição do Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, que volta a ser um evento anual realizado pela Universidade de Blumenau.
A coordenadora do FITUB, professora Pita Belli, e a equipe organizadora do Festival estão terminando o regulamento para abrir as inscrições na próxima semana, dia 1º de março. Entre as novidades para esta 24ª edição, está a solicitação aos grupos que, ao se inscreverem, deverão encaminhar também uma proposta de workshop para realizar nas escolas de Blumenau. “As escolas estarão em aula neste período e com a iniciativa pretendemos levar o teatro educação aos alunos, fazendo com que participem de alguma atividade prática”, conta a coordenadora.
A temática desta edição já está definida: “a cena por trás do pano é o grande norte deste festival. Vamos explorar os aspectos que compõem o espetáculo para além do ator e do diretor, como cenário, iluminação, figurino, sonoplastia”, informa Pita.
A 4ª Jornada Latino-Americana de Estudos Teatrais também está confirmada e acontecerá nos dias 7 e 8 de Julho.
As inscrições ao 24º FITUB seguirão abertas até 8 de abril e a divulgação dos selecionados acontecerá no dia 2 de maio, aniversário da FURB.